terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cap: 13 - Os militares no Poder - 9º ano


1.       Esse é o período da história do Brasil que ficou popularmente conhecido como ditadura ou regime militar.

·         Vejamos algumas frases, expressões e conceitos que foram comuns nessa época:

-          A liberdade é controlada e repressão do governo é enorme.

-          Centralização do poder no governo.

-          Aparência da democracia.

-          Eleições e existência de vários partidos.

-          Golpe Militar = é visto como uma Revolução Democrática, dentro dos militares revolucionários.

-          Tem como objetivo de afastar uma ditadura de esquerda, representada pelo presidente João Goulart ( Jango).

-          Apesar de não ser comunista, era visto como uma ameaça , por causa das reformas de base que propunha.

-          Subversivo = era aquele que segundo os militares, representavam a possibilidade de subversão a ordem estabelecida. (comunistas).

-          As Leis de Segurança Nacional = leis que todo cidadão brasileiro era responsável pela segurança da nação, colaborando de todas as formas possíveis para a “manutenção da ordem”.

-          Vários órgãos foram criados para fiscalizar:

-          SNI = Serviço Nacional de Informação – deveria colher qualquer informação que fosse uma ameaça a segurança da nação.

-          DOI-CODI = Destacamentode Operações e Informações e Centro de Operações de

Defesa Interna -  uma espécie de braço direito que faziam prisões, interrogatórios e torturas aos subversivos.

       DOPS = Departamento de Ordem Pública e Social – criado no Estado novo, foi utilizado durante o regime militar, era responsável pelas torturas que as empresas usavam para não empregar subversivos.

       Atos Institucionais = para manter a ordem e dar aparência de legalidade. Foram aplicados quase duas dezenas nesse período.

       Na prática eram leis impostas e colocadas acima do caderno de leis máximo da nação, a Constituição.

       Linha-dura = aqueles que consideravam os militares no poder, sem data para terminar.

       Sorbonne = aqueles que se preocupavam com as aparências, em evitar a radicalização do regime. Trabalhavam para devolver o poder à população civil .

2. O Governo do Primeiro Marechal ( 1964-1967) :

       O mundo vivia o auge da guerra fria e, no Brasil, o golpe derrubava o último populista.

       A junta militar que comandou o Brasil, foram três ministros das Forças Armadas.

       Uma das primeiras ações foi estabelecer o Ato Institucional nº 1 = determinou a eleição indireta do futuro presidente e a cassação de qualquer pessoa suspeita.

       Muitos políticos foram cassados. Ficaram somente aqueles que fossem a favor do governo.O marechal Humberto de Alencar Castello Branco, foi indicado para a

presidência. Primeiro presidente do regime militar. Sua administração foi:

- a criação do Banco Central e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ( FGTS) . 

-          A comunicação nacional foi integrada pela Embratel.

-          Lidou com os efeitos nocivos da economia de uma inflação altíssima.

-          Estabeleceu a reforma monetária, novo padrão monetário – o cruzeiro novo.

-          Estabeleceu outro Ato Institucional nº 2 – criando o bipartidarismo. Somente 2 partidos políticos concorriam.

       ARENA = Aliança Renovadora Nacional – partido de situação.

       MDB – Movimento Democrático Brasileiro – partido de oposição.

       Em 1966, o governo editou o Ato Institucional nº 3 = os governadores de estados deveriam ser eleitos por colégios eleitorais formados pelos deputados de cada estado. Deveriam ser indicados pelos governadores de seu estado, ou seja, sem eleições.

       O povo somente escolhiam os legisladores (vereadores, deputados e senadores).

       A oposição passou a questionar os atos institucionais, dizendo que não eram válidos, porque ignoravam a Constituição.

       Diante dessas e muitas críticas, foi editado o Ato Institucional nº 4 = estabelecer uma nova carta constitucional “ constituição do terror”.

       Essa Constituição tornava todos os atos anteriores “ constitucionais”, e um regime concedido aos poderes executivos, fiscalizando o legislativo e judiciário.

. O Governo do Segundo Marechal : ( 1967-1969) :

       Com o presidente Artur da Costa e Silva o regime se fechou ainda mais.

       As ondas de protestos estavam acontecendo em várias partes do mundo.( movimentos de contestação).

       A oposição a esse regime, se organizou pela luta armada, financiavam sequestros, assaltos etc. Foram:

       MR-8 = Movimento Revolucionário 8 de Outubro e a VPR = Vanguarda Popular Revolucionária .

 Para conter essa onda oposicionista, o governo editou o Ato Institucional nº 5 = o mais famoso deles.O direito do presidente fechar o Congresso( federal, estadual e municipal). Proibido qualquer manifestação ou movimentos políticos. E os subversivos, sem direito de “ habeas corpus”, ficar preso.

       Os meios de comunicação, a censura foi mais rígida. Grandes jornais e revistas passaram a conviver periodicamente com a ação de censores( fiscalizadores) – Revista Veja e o Jornal Folha de São Paulo.

       Em 1969, o presidente sofreu um derrame e foi afastado do governo, em dezembro do mesmo ano faleceu.

       Uma nova junta militar tomou posse e Pedro Aleixo- vice-presidente – 2 meses no poder.

       Nesse período, o embaixador dos EUA foi sequestrado pelos oposicionistas,que tinha como líder Fernando Gabeira, tinham como exigência a libertação de presos políticos, sendo soltos somente 15 presos.

4. O Governo do Primeiro General : ( 1969 – 1974):

       No dia 30 de outubro de 1969, tomou posse o general Emílio Garrastazu Médici. Um governo paradoxal – popular e repressivo ao mesmo tempo.

       Em seu governo fez uma emenda constitucional que confirmava todos os atos institucionais anteriores e ainda acrescentou outros.

-          O mandato presidencial foi para 5 anos.

-          O movimento oposicionistas duramente oprimidos. Muitos sofreram torturas, alguns presos, outros mortos e outros deixaram o país.

-          Obras faraônicas no governo como: a ponte Rio Niterói.

       O I Plano Nacional de Desenvolvimento acelerou as obras. A rodovia Transamazônica – A Usina de Itaipu – o Aeroporto Internacional de Guarulhos e a Usina de Angra dos Reis etc.

       Grande parte dos investimentos foram feito empréstimos internacionais, colaborando para o aumento da dívida externa.

       Esses projetos colaboraram para passar a ideia de que o Brasil vivia um “ milagre econômico”.

       Nessa época o Brasil vivia algumas vitórias esportivas, como: - o tricampeonato mundial de futebol em 1970 – o piloto Emerson Fittipaldi tornou-se o campeão mundial de Fórmula 1 (1972 e 1974).

       O boxeador Éder Jofre em 1973, trouxe o cinturão mundial de boxe.

       Essas conquistas somadas ao “ ao milagre econômico” , eram muito bem utilizadas pelo governo para incentivar o ufanismo ( orgulho) nacional.

       O governo de Médici foi o período mais duro de repressão, só que não era divulgado.

5. O Governo do Segundo General : ( 1974-1979):

       O terceiro presidente militar do Brasil, foi o general Ernesto Geisel.

       Dizia ele: o processo deveria ocorrer de forma “ lenta, gradual e segura”, ou seja, a abertura política não podia ser rápida demais, pois precisava de controle.

       Precisava ser gradual, com cada passo sendo controlado pelos militares, mantendo a segurança nacional. Seu governo teve momentos de relaxamento e de endurecimento em relação com a oposição.

       É claro que as ações de repressão pelo governo foram mais utilizadas contra a oposição.Ex: as mortes do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho.

       Muitas prisões ocorreram , torturas e desaparecimentos que não foram divulgados.

       Logo no início de seu mandato ocorreram eleições para o poder legislativo e o MDB, partido de oposição, conseguiu estar presente na maioria das cadeiras do legislativo.

       O ministro da justiça Armando Falcão, tem a função de deter o crescimento da oposição.

       Foi editada em 1976, a Lei Falcão = essa lei tirava a fala, a propaganda eleitoral dos candidatos no rádio e na televisão. O que só podia ser mostrado era a foto do candidato o número e o partido. Um narrador dizia sobre os projetos do candidato, em rápidas palavras.

        No ano de 1977, foi editado o Pacote de Abril= estendendo o mandato eleitoral para 6 anos e os senadores biônicos .Senadores biônicos = deveriam ser nomeados pelo próprio governo.

       Os candidatos não passavam por um processo eleitoral , eram indicados pelo governo. Por isso foram conhecidos como senadores biônicos.

       Censura prévia = militares presentes nos jornais, revistas; uma fiscalização vigiada.

       A mídia deveria fazer sua autocensura, para evitar algum tipo de intervenção.

       Outra medida “ lenta e gradual” foi a revogação do AI-5.

       Foi implantado o II Plano Nacional de Desenvolvimento = várias medidas foram tomadas para incentivar o desenvolvimento nacional como: setores industrial, da construção civil e energético(energia), receberam os mais pesados investimentos.

       Um acordo do Brasil com a Alemanha , constrói a Usina Nuclear.

       Usina Nuclear brasileira em Angra dos Reis – RJ.

       O governo cria o Proálcool = esse foi o início do pioneirismo brasileiro na produção de álcool combustível.

       Outro destaque de seu governo, foi as relações internacionais.

       Maior independência em relação à política externa estadunidense e a relação com a China comunista.

       Buscou aproximação com nações europeias e africanas.

       No final de seu mandato, foi mais tolerante com os movimentos populares.

       Na região do ABC surge uma figura, que incomodou muito o Brasil, Luís Inácio da Silva.

       Esse líder sindical, Luís Inácio da Silva ( Lula) , passou a incentivar e liderar movimentos de greve que logo foram reprimidos.  Lula ultrapassou esses limites algumas vezes e o resultado foi a sua detenção durante 1 mês mais ou menos.

6. O Governo do Terceiro General ( 1979-1985):

       O último presidente do regime militar foi o general João Baptista de Oliveira Figueiredo, foi eleito indiretamente por seu antecessor.Figueiredo recebeu das mãos de Geisel, a missão de completar o processo de abertura política.

       No início do mandato procurou mostrar a imagem de popular, mas com o tempo aquela simpatia foi abandonada.

       No final de seu mandato já não tinha paciência com os questionamentos à sua administração.

       Uma das primeiras medidas foi o estabelecimento de uma anistia política.

       Anistia Política = soltar ou exilar os presos políticos. Só que nem todos foram contemplados.

       A oposição queria que a anistia deveria ser ampla e geral , mas não foi assim que aconteceu.

       Outra medida presidencial foi o Restabelecimento do Pluripartidarismo – ARENA foi extinta e alguns se agruparam ao Partido Democrático Social ( PSD).

       Um racha dentro desse partido acontece entre Paulo Maluf e José Sarney, formando outro partido; PFL = Partido da Frente Liberal.

       No final do governo de Figueiredo, o PFL faz alianças com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro ( PMDB).

       O PDT, Partido Democrático Trabalhista – foi fundado por um político de longa carreira, Leonel Brizola.

       Nesse mesmo período, surge o Partido dos Trabalhadores ( PT).

       A censura já havia sendo aliviada , surgindo o III Plano Nacional de Desenvolvimento , mas com muitas críticas.As dificuldades para administrar a crise econômica era grande.

       A dívida externa brasileira, havia crescido muito e agora cobrava seu preço.

       A inflação saiu do controle e os salários sofreu um achatamento, a população cada vez mais estava descontente com a situação.

       O deputado federal Dante de Oliveira, propôs uma emenda constitucional que permitia ao povo escolher diretamente o presidente. Campanha das “Diretas Já”.

       Essa campanha se tornou  um movimento nacional:vários comícios pacíficos

foram organizados nas grandes capitais. 

       Redes de televisão, não tiveram como controlar essa magnitude dos acontecimentos.

       Cantores famosos entoavam o hino nacional brasileiro nos comícios.

       Não havia desordem nos país todos cobravam por Diretas Já.

       O povo almejava pela volta à Democracia, simbolizado pelo direito de escolher por meio de voto direto seu futuro presidente. Porém, os militares ainda estavam com toda força.

       A emenda foi rejeitada pelo Congresso nacional em abril de 1984.

       A eleição ainda foi indireta e os candidatos foram: Paulo Salim Maluf – apoio dos militares e Tancredo de Almeida Neves – oposição.

       As eleições foram transmitidas pela televisão ao vivo e cada deputado se dirigia ao microfone dizendo o nome de seu candidato.

       Depois de algumas horas o Congresso comemorava o fim do regime militar,

Tancredo Neves foi eleito e seu vice José Sarney.

       Infelizmente o presidente Tancredo Neves não chegou a exercer o cargo de presidente, faleceu alguns meses depois da vitória.

7. Alguns Aspectos Culturais Durante o Regime Militar :  

       Durante o regime militar o exercício pleno da democracia, foi estritamente violado, controlado.Universidades foram invadidas por forças militares, promovendo prisões de professores e alunos.

       Muitas disciplinas foram criadas e outras obrigatórias, para facilitar a entrada do pensamento oficial do aluno.

Ex: - EMC – Educação Moral e Cívica , o estado baixou uma lei obrigando essa matéria; pois reforçava a visão do governo.

       A Produção cultural, passou por momentos bem repressivos. A censura fez com que a produção cinematográfica abandonassem a manifestação por completo.

       O autor Graciliano Ramos , consagrado na literatura brasileira, também expunha em seus livros  suas opiniões e foi adaptado para cinema em um filme “ São Bernardo” em 1971.

       Outro filme produzido nessa época foi “ Os Inconfidentes” em 1972, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, que contava sobre a Inconfidência Mineira.

       No cinema a característica era episódio de orgulho para os brasileiros, o que o governo de Médici gostava.A televisão seguiu pra esse mesmo caminho.

       No teatro foi onde o governo encontrou mais dificuldade de resistência ao regime.

       Eles burlavam a censura , que muitas vezes, não percebia o tom contestatório de algumas produções.

       Os produtores teatrais nos anos 70, se unem e barateiam os custos da produção, deixando o teatro mais acessível.

       Na música, tinha os conformados, mas também os inconformados, que

 procuravam reagir ao autoritarismo.

       Centro Popular de Cultura, vinculado a União dos Estudantes( UNE), uma organização que resistia contra o regime militar.

       Tropicália = outras formas de manifestação artística, misturando a cultura nacional, internacional e erudita.

       Artistas famosos como Gilberto Gil e Caetano Veloso se destacaram entre os representantes.

       Nas letras das músicas continha elementos de conotação política  e social, seu maior alvo eram as formas comportamentais.

       A criatividade artística produziu grandes obras, sejam orientadas por críticas ao governo ou puras manifestações sociais.

       Se limitada ou não, profusa ou escassa. O que importa é que, durante os difíceis anos de autoritarismo, o brasileiro não deixou de se expressar artisticamente.

 

Cap; 12 - a consolidação do Império Brasileiro-8º ano-2012


  1. A Difícil Unidade Brasileira:

A nacionalidade brasileira, foi construída.

No século XIX, uma colônia portuguesa ligada à sua metrópole.

Nos anos seguinte um príncipe português rompe com Portugal.

Esse momento era de construir um país independente, apesar das diferenças políticas.

Durante os primeiros 20 anos, as autoridades do governo construíram uma identidade bastante autoritária.

Muitas rebeliões aconteceram por haver tantas desigualdades sociais.

Neste capítulo vamos falar de dois períodos do Brasil: - 1º Reinado ( 1822 – 1831) e – Período Regencial ( 1831 – 1840).

2. Conflitos para garantir a Independência:

Em 7 de setembro, o Brasil se tornou independente. Mas na verdade demorou algum tempo para as resistências dentro e fora do país aceitassem a independência.

Muitas províncias tiveram conflitos como: Maranhão, Grão-Pará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí, Goiás, Mato Grosso etc.

Na Bahia em 1823 os proprietários de terras queriam continuar ter liberdade comercial, então se uniram com os portugueses para acabar com essa independência.

O Exército Patriótico = liderado por Almirante inglês Thomas Cochrane, reuniu escravos, homens pobres para participarem de mudanças sociais, formando uma grande tropa.

Maria Quitéria uma mulher valete se destacou pela sua coragem nas batalhas.

Calcula-se que 150 pessoas morreram do lado brasileiro.

No Grão-Pará sob a liderança de Batista de Campos, as camadas populares lutavam pela independência.

A elite local com medo de invasões populares, prenderam Campos e mais de 253 pessoas no porão do navio, morrendo asfixiados.

Surge então o período de instabilidade no Pará = a Cabanagem.

Em uma das batalhas entre portugueses e brasileiros, 200 pessoas brasileiras são mortas.

Mas em 1823 a resistência portuguesa foi sufocada.

A Província da Cisplatina = era uma região sob o domínio Espanhol, que foi anexada ao Brasil em 1816.( ponto estratégico para o comércio fluvial).

Guerra da Cisplatina = território que se formou o Uruguai. Brasil e Argentina brigaram pela posse deste território, mas depois de um tempo, abriram mão.

3. O Complicado Reconhecimento da Independência:

Era necessário ter reconhecimento .Os portugueses não aceitavam a independência brasileira, porém a Inglaterra com intenção na abertura comercial defendia a separação dos reinos  (Portugal e Brasil).

A Inglaterra estava de olho em aumentar seu comércio, por isso apoiava o Brasil.

Os EUA, foi o primeiro a reconhecer a independência brasileira em 1824, também interessado no comércio.

 O México o segundo a reconhecer a independência. Por fim Portugal em 1825, reconhecem a independência Brasileira, mas, diante do pagamento de alta soma em dinheiro. Que foi emprestado pelos bancos ingleses.

 4. A Primeira Constituição do Brasil:

Assembleia Nacional Constituinte = representantes das regiões para formar o conjunto de Leis para o novo Império (Brasil).

A Constituição estabelecia que D. Pedro deveria obedecer as Leis feitas pelo Congresso Nacional.

( Monarquia Constitucional).

Cada província teria liberdade de escolher seus governadores, formando sua equipe de trabalho.

Essas medidas e outras mais estavam desagradando D. Pedro I.

Em 1823, ele fechou a Assembleia, pois não aceitava diminuir sua autoridade.

A Constituição acabou sendo imposta a seus participantes.

O voto Censitário = baseado na renda do eleitor( 100 mil réis) e a partir de 25 anos. Podiam escolher os deputados e senadores. Mulheres, escravos, índios e pobres não podiam votar.

A religião oficial no Brasil era o catolicismo.

Somente os católicos poderiam ter cargos no governo. A igreja era submissa ao Imperador.

O Estado Brasileiro foi dividido em :  Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador( o imperador acima de todos).

O Estado Brasileiro concentrava nas mãos do Imperador, portanto, um Estado absolutista.

Forte Reação no Nordeste: A Confederação do Equador.

As províncias estavam descontentes com as ordens de D. Pedro I.

Pernambuco, Recife e Olinda recusaram receber suas ordens. A imprensa criticava o governo dele. No dia 2 de julho de 1824, Pais de Andrade proclama a Confederação do Equador.

Representantes foram enviados a outras províncias.

Frei Caneca convoca uma rebelião , um movimento separatista, que ameaçava as propostas autoritárias de D. Pedro.

Foram enviados soldados por terra e mar sufocando a revolta. As revoltas fracassavam por causa das diferenças de ideais dos participantes.

Os que eram contra o Imperador era julgado por tribunais militares. Muitos foram condenados a morte entre eles, Frei Caneca.Esse movimento era para lutar contra o absolutismo imperial.

6. As Crises e o Fim do Governo de D. Pedro I :

Seu governo enfrentava muitos problemas diversos, inclusive na área financeira.

Muitos gastos nos conflitos com a Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina.

Sua vida particular era muito criticada, rumores de traição. Sua primeira esposa – Leopoldina; segunda esposa, austríaca Amélia de Leuchtenberg.

Após a morte de seu pai D. João VI, em Portugal, D. Pedro deveria assumir o trono.

D. Pedro renuncia ao trono português e coloca sua filha D. Maria da Glória ( 7 anos), se casando com seu tio D. Miguel.

Miguel governaria esperando idade suficiente para sua esposa governar. Mas deu um golpe e se proclamou rei de Portugal.

Críticos do Brasil estavam irritados com D. Pedro pois acusavam de estar dando mais atenção a Portugal, por causa do golpe.

Estava ficando difícil controlar tanto descontentamento de políticos, da imprensa, de fazendeiros etc. Em umas de suas viagens D. Pedro foi mal recepcionado .

Em 5 de abril ele nomeou um ministério com políticos portugueses.

Os brasileiros não aguentavam mais essa arbitrariedade.

Em 7 de abril de 1831, D. Pedro abdicou seu cargo, voltando para Portugal, enfrentado seu irmão Miguel.Em setembro Maria da Glória foi coroada rainha.D. Pedro morreu aos 36

anos de tuberculose.

7. A Política no Período Regencial:

Foi o período entre D. Pedro I e seu filho D. Pedro II.Tinha como objetivo garantir a tranquilidade no Brasil, até que o herdeiro alcançasse a maioridade.

Liberal Moderado = um grupo de políticos do sudeste que buscava os interesses dos latifundiários( grandes fazendeiros) e manter a monarquia. ( sem interferência do rei).Poderiam escolher seus governadores.

Liberal Exaltado = queria mudanças mais profundas. Buscava autonomia das províncias e mais liberdade. Defendia um governo republicano.

 Regência Trina Provisória = uma Constituição que na ausência de governo de D. Pedro, os senadores e deputados pudessem governar. ( 17 de julho de 1831).

Regência Trina Permanente = seus componentes eram liberais moderados, escolhidos pela Câmara de Deputados e Senadores.( até 1835).

Guarda Nacional = organizada pelas elites provisórias e os grandes proprietários de terras ( coronel). Reprimir os contrários a ordem das elites.

Em 1834, o Ato Adicional , uma série de medidas que modificava a Constituição de 1824. ( amenizar os moderados e exaltados). Determinou o fim da Regência Trina e criou a Regência Una ( eleição para governadores).

O poder moderado, indicava os presidentes das províncias,mas, foram criadas a Assembleias Provinciais Legislativas que poderiam legislar nos municípios.

Progressistas =( Partido Liberal) grupo de pessoas favoráveis a autonomia nas províncias, de forma mais tranquila.

Regressistas = ( Partido Conservador) contrários a essa ideia, queria uma centralização completa, sem liberdade para as províncias.

O Período de Padre Diogo Feijó, durou de 1835 a 1837, um período marcado por grandes revoltas, ameaças de romper com a unidade nacional.

Feijó perde apoio dos deputados e senadores,a imprensa o atacava, a igreja deixou de apoiá-lo. Com problemas de saúde renuncia seu cargo.

Quem assume agora é um regressista, Araújo Lima, em 1838.Essa regência durou até

1840, quando o herdeiro do trono foi antecipada.

Arquivo Nacional , Colégio Pedro II e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro = instituição para garantir o sentimento de nacionalidade. ( história nacional).

Diante disso, foi permitido a antecipação de D. Pedro II assumir o trono.( 15 anos de idade).

8. Revoltas do Período Regencial :

Muita instabilidade política e social. Um período que quase, se divide o território nacional( ainda instável).

Muitos interesses das províncias, a população pobre e escrava querendo melhores condições de vida, mortes, conflitos, revoltas etc.

A)     Cabanagem = a região estava com momentos de instabilidades.

Manifestações populares com participação dos negros, mestiços, índios, que eram explorados.

“Cabanos”, são moradores de cabanas com chapéu de palha. ( palha era relacionado a pobreza),

Os escravos eram de origem africana e os índios eram da própria região.

Do oeste do Pará até o alto do rio Negro, mais ou menos 50 etnias conhecidas.

Em 1833, o governo regencial nomeou Bernardo Lobo de Souza para cuidar dessa província.

Sua regência foi autoritária que não estava agradando os grandes proprietários de terras e os comerciantes.

Cônego Batista de Campos, agitava manifestações contra o governo, morrendo em uma delas.

Outros líderes populares foram , os irmãos lavradores Francisco e Antônio Vinagre e o seringueiro Eduardo Angelim.

Eles agitavam a população para exigir mudanças do governo.

Em 7 de janeiro de 1835, eles atacaram Belém e a conquistaram, mas Lobo de Souza foi morto.

Malcher ficou como presidente da província.

Ele procurava acalmar a população, defendendo interesses locais, mas os cabanos, exigiam mudanças sociais. Malcher foi deposto e morto.

Francisco Vinagre se tornou presidente da província.

Até então nenhuma mudança acontecia, foram violentamente atacados e o irmão Antônio foi morto.Com 21 anos Angelim governou Belém (Pará), de 1835 a 1836.

Era exigido a abolição da escravidão, mas não foi atendida.

Em 1836, uma frota de guerra foi enviada a Belém, pelo governo regencial.

A repressão foi violenta, que libertou a capital das mãos dos cabanos e acabou com focos de outras tentativas.

Levou a morte de 30 mil pessoas, a maioria de indígenas. ( durou até 1840).

Em 13 de maio de 1836 é comemorado a vitória imperial sobre os cabanos( que lutavam pela massa popular, mais liberdade).

 

B) Guerra dos Farrapos ( 1835- 1845):

          Foi a mais longa do império brasileiro.

          A província do Rio Grande do Sul, o comércio forte era o charque, couro e gado, abastecendo outras partes do Brasil.

          As medidas do governo não favoreciam os produtores gaúchos.

          Compravam carne do Paraguai e Argentina, obrigando os gaúchos abaixarem os preços da carne gaúcha.

          Um grupo defendia maior autonomia para as províncias, organizaram uma revolta em 1835 e proclamaram a República Rio-Grandense, sob a liderança de Bento Gonçalves.

          Após ser preso e fugir, Bento Gonçalves comanda tropas que tomaram o governo de Santa Catarina.( República Juliana).

          As tropas imperiais retomam o controle da região.

          Os farroupilhas tiveram o apoio do italiano Giuseppe Garibaldi, casado com Anita. Famosa por participar em movimentos populares.

          Alguns dos farrapos era favor de um Estado independente, com governo republicano.

          Outros, não desejava a separação, que levaria à perda do mercado brasileiro.

          Em 1840, o governo imperial começou a negociar o fim do movimento. Muitos conflitos e mortes de ambos os lados aconteceram.

          Após 1842, Luís Alves de Lima ( Duque de Caxias), foi mandado para resolver as tensões do Sul.Vários acordos, foram feitos e em 28 de fevereiro de 1845 o

 conflito terminou.

C) Revoltas na Bahia :

          Em 25 de janeiro de 1835, em Salvador, uma revolta com africanos escravizados,libertos e malês (africanos muçulmanos).

          Muitos desses malês vieram da África, com variedade étnica e cultural.

          Na Bahia ocorreram cerca de 30 revoltas e levantes escravos. As autoridades procuram tomar providências, para manter ordem.

          Mais de 600 escravos de Salvador participaram da Revolta dos Malês.

          Lutaram mais ou menos 4 horas, com o objetivo de acabar com a escravidão dos africanos.

          O movimento foi reprimido e 70 revoltosos foram mortos, pelas autoridades.

          Houve um aumento de leis locais e nacionais que buscavam controlar os escravos.

          Outro movimento foi a  -D )Sabinada, que ocorreu em 1837 a 1838. Um jornalista, Francisco Sabino Vieira, criticava as publicações do presidente da província.

          Tiveram a participação de alguns oficiais do exército, profissionais liberais, pequenos comerciantes e artesãos.

          Em 7 de novembro de 1837, começou a rebelião, e Salvador foi tomada. A revolta era contra o governo regencial. ( esperaria o jovem Pedro alcançar a maioridade).

          A força imperial derrotaram os revoltosos. Mais de 1.200 pessoas morreram e quase 3.000 foram presas.

D) Balaiada:

          Foi uma revolta no Maranhão.

          Com graves problemas sociais, disputas políticas entre os Progressistas(liberais) e Regressistas(conservadores). Os conservadores  era apoiado pelo governo.

          Em 1838, um movimento popular liderado por Raimundo Gomes, que combatia a escravidão.Uniu-se a Manuel Francisco dos Anjos, sertanejo de balaios.

          A revolta já se estendia ao Ceará e ao Piauí, toda tomada pelos revoltosos.

          Contava com 8 mil homens livres, pobres e mestiços. Uniram-se à eles 3 mil escravos fugitivos, liderados por Cosme Bento das Chagas.

          Os fazendeiros se uniram e pediram apoio de tropas federais.

          Foi enviado Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), para reprimir a revolta.

          Foi um massacre terrível, cerca de 10 mil pessoas morreram.