segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cap: 8 - As Navegações Portuguesas - 7º Ano - 2011.

1. Um Período de Grandes Viagens :
• Os navegantes europeus saíram em viagens , em busca de terras desconhecidas para eles.
• Cruzaram oceanos, perigos, mortes, alcançando terras desconhecidas, esse processo chamamos de “ expansão marítimo-comercial européia”.
• Mudanças sociais, políticas e econômicas traziam necessidades aos reinos europeus. O comércio entre diversas regiões do continente, com produtos vindos de longe, de outras terras , se dá a globalização.
• O movimento renascentista valorizou uma perspectiva mais racional, aperfeiçoando técnicas de navegação mais aprimoradas para aquele período.
• Cidades foram crescendo tornando-se consumidoras de bens manufaturados ou produtoras de matéria-prima.
• Um dos produtos mais valorizados eram as especiarias de origem vegetal como: canela, gengibre,noz-moscada, cravo-da-índia,pimenta, entre outros.
• Eram utilizados por pessoas ricas e serviam para temperar ou conservar os alimentos.
• Esses produtos vinham da Índia ( continente asiático), e eram controlados por cidades italianas ( Constantinopla,uma delas), revendendo os produtos a outras regiões.
• O interesse pelo comércio de especiarias trazidas da Índia, foi um dos fatores que colaboraram a busca de novos caminhos alternativos .

2. Características da Formação de Portugal:
• No século IX, Afonso I, rei de Leão e Castela( Espanha), criou o Condado de Portucale.
• O genro do rei de Leão de Castela, Henrique de Borgonha , criou a partir desse Condado , um reino independente Portugal, em 1139.
• Para evitar que o reino Português, caísse nas mãos de um rei estrangeiro, a burguesia portuguesa apoiava D. João para futuramente comandar Portugal.
• Portugal foi o primeiro país a organizar viagens pelo Oceano Atlântico no século XIV.

3. A Sociedade Portuguesa:
• Portugal possuía uma forte burguesia e uma nobreza querendo ampliar seus negócios.
• A partir de 1441, trouxeram os escravos da África. Muitos pescadores, artesãos e pequenos comerciantes, estavam envolvidos nos trabalhos de navegação.
• Havia uma forte desigualdade social em Portugal.
• A igreja Católica exercia muita influência religiosa perante a sociedade. As pessoas que renegasse Deus ou a Virgem Maria poderia ser punido com 20 chibatadas e ter a língua furada com uma agulha.
• Os judeus e muçulmanos eram proibidos ter algum tipo de acesso ou relacionamento com os cristãos.
• Os muçulmanos eram grandes artesãos, arquitetos e agricultores. Já os judeus tinham um bom desempenho comercial.
• Portanto os cristãos de Portugal, desconfiavam desses grupos de pessoas.
• Muitos muçulmanos e judeus, foram obrigados a aceitar o catolicismo. Tornando-se Cristãos-Novos; sendo assim não eram mais acusados de hereges.
• Muitos Cristãos-Novos sofreram perseguições e muitos condenados à morte no Tribunal de Inquisição.

4. A Importância das Navegações:
• Portugal, também estava interessada nas terras da África. Ceuta era uma importante cidade comercial da África.
• Conquistar uma cidade da África, traria muito benefício a igreja católica.
• O ataque à Ceuta pelos portugueses foi muito cruel, milhares de pessoas morreram, entre crianças e mulheres.
• Os projetos para avançar nas navegações e nas conquistas de mais terras entre os portugueses aumentavam cada dia mais.
• O objetivo era aumentar metais preciosos ( ouro e prata), para fazer moedas.
• Cartógrafos, navegadores experientes, construtores de instrumentos de navegação se reuniam para trocar informações de navegação , em uma escola, “Escola de Sagres”.
• Apesar dos avanços, era muito difícil a navegação, os barcos naufragavam. As Caravelas tinham aproximadamente 20 metros e pesava 20 toneladas .
• Posteriormente, as Naus, barcos maiores, também foram usadas.
• Mas a navegação era muito difícil, os mares ofereciam perigos, por causa das tempestades, muitos dias navegando, doenças, fome, sede, entre muitas outras coisas.

5. O Cotidiano das Viagens Marítimas:
• Era necessário ter muita coragem para navegar. A ambição por riquezas faziam enfrentar seus medos reais ou imaginários.
• Eles acreditavam plenamente que a terra era plana, portanto o risco de caírem no abismo era grande.
• H avia crenças de grandes monstros oceânicos, polvos gigantes, que poderia abocanhar toda a embarcação.
• Acreditavam em sereias, que encantavam os marujos, fazendo-os a se lançarem ao mar. Tinham pedras que atraía os navios para o fundo do mar.
• Muitas dessas lendas eram retratadas por desenhos e divulgadas por toda a Europa.
• Essas lendas foram sendo superadas, a partir das viagens realizadas.
• Mas, perigos reais aconteciam com muita freqüência.
• Uma frota poderia ter várias caravelas ou naus. A liderança do navio era pelo capitão-mor , era responsável por todas as decisões.
• Cada embarcação tinha um capitão que junto com o piloto determinava o rumo a ser seguido.
• Os marinheiros orientavam as atividades dos mais jovens e os demais marinheiros faziam as atividades gerais dos barcos , com: cozinhar, cuidar das velas, transportar materiais etc.
• Crianças e jovens participavam das caravelas ( os grumetes), meninos entre 10 e 15 anos, faziam serviços gerais, como: lavar os convés, avisar os horários, servir os marinheiros, etc. Eram meninos órfãos ou de famílias pobres de Portugal.
• As crianças eram as mais frágeis e principais vítimas das doenças, passavam mal pois não agüentavam passar fome e sede, eram maltratados pelos mais velhos.
• A água era mal armazenada, em barris precários, ficando imprópria para beber. Os alimentos estragavam por passar vários dias, sem estar bem protegido, e também faltavam, por não saberem quanto tempo duraria a viagem.
• Os alimentos constantemente eram comidos parcialmente por ratos e baratas, mas como a fome eram intensa, comiam assim mesmo e até comiam os ratos que estavam nos barcos.
• Muitas doenças ( o escorbuto- falta de vitamina C ), proliferavam nos barcos. Essa doença causava hemorragia nas gengivas, e os dentes poderiam cair; frutas e verduras( alimentação rica em vitamina C ) não estavam presentes na alimentação .

6. Principais Viagens Marítimas Portuguesas:
• Após conquistarem Ceuta, os portugueses continuaram com seus planos de conquistas.
• Atravessaram o litoral africano, pois o desafio era alcançar o Cabo do Bojador, era uma região de difícil acesso, pois os ventos eram muito fortes. Depois de várias tentativas, o comandante Gil Eanes atravessou o Bojador; isso incentivava cada vez mais enfrentar as dificuldades do mar.
• O auge da expansão portuguesa foi comandado por Vasco da Gama, que finalmente contornou toda África.
• Quando retornou a Portugal, foi recebido com honrarias pelo feito realizado.
• Agora então as viagens a África estavam muito mais fáceis, e as especiarias lhes renderiam muito dinheiro. Agora então tiveram contato com culturas muito diferentes.

7. A Viagem de Pedro Álvares Cabral:
• Agora, como rei de Portugal, D. Manuel, promoveu uma nova expedição sob a liderança de Pedro Álvares Cabral, com 13 navios ( 10 naus e 3 caravelas); mais ou menos 1.500 homens, marinheiros, padres, cartógrafos, escrivães( Pero Vaz de Caminha).
• A missão era chegar em Calicute( Índia), para aumentar seus negócios com as especiarias.
• Outra intenção também se cogitava, conferir exatamente as terras de Portugal a partir do acordo feito entre Espanha e Portugal, o Tratado de Tordesilhas. Esse acordo dividia as terras encontradas entre eles.
• Viajando pelo Oceano Atlântico, avistaram um monte que deram o nome de Pascoal ( a páscoa estava próxima), no dia 22 de abril; litoral brasileiro.
• Cabral chegou a Calicute, mas houve muitas perdas, como: naufrágios, incêndios, mortes, doenças etc; retornando a Portugal das 13 embarcações, apenas 6, mas com muitas especiarias.

8. A Carta de Pero Vaz de Caminha:
• Pero Vaz de Caminha mandou uma carta ao rei de Portugal D. Manoel, dizendo sobre os contatos de portugueses e índios tupiniquins, sobre o fato de viverem nus, a troca de produtos que encantavam os índios e vice-versa.
• A primeira missa no Brasil foi celebrada no dia 26 de abril. Os índios assistiram curiosos . Os portugueses ficaram encantados com a natureza protegida pelos índios, parecendo um paraíso.
• Esse contato amistoso com os índios, infelizmente não continuaram assim, quando dominaram suas terras a força.





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