terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cap; 12 - a consolidação do Império Brasileiro-8º ano-2012


  1. A Difícil Unidade Brasileira:

A nacionalidade brasileira, foi construída.

No século XIX, uma colônia portuguesa ligada à sua metrópole.

Nos anos seguinte um príncipe português rompe com Portugal.

Esse momento era de construir um país independente, apesar das diferenças políticas.

Durante os primeiros 20 anos, as autoridades do governo construíram uma identidade bastante autoritária.

Muitas rebeliões aconteceram por haver tantas desigualdades sociais.

Neste capítulo vamos falar de dois períodos do Brasil: - 1º Reinado ( 1822 – 1831) e – Período Regencial ( 1831 – 1840).

2. Conflitos para garantir a Independência:

Em 7 de setembro, o Brasil se tornou independente. Mas na verdade demorou algum tempo para as resistências dentro e fora do país aceitassem a independência.

Muitas províncias tiveram conflitos como: Maranhão, Grão-Pará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí, Goiás, Mato Grosso etc.

Na Bahia em 1823 os proprietários de terras queriam continuar ter liberdade comercial, então se uniram com os portugueses para acabar com essa independência.

O Exército Patriótico = liderado por Almirante inglês Thomas Cochrane, reuniu escravos, homens pobres para participarem de mudanças sociais, formando uma grande tropa.

Maria Quitéria uma mulher valete se destacou pela sua coragem nas batalhas.

Calcula-se que 150 pessoas morreram do lado brasileiro.

No Grão-Pará sob a liderança de Batista de Campos, as camadas populares lutavam pela independência.

A elite local com medo de invasões populares, prenderam Campos e mais de 253 pessoas no porão do navio, morrendo asfixiados.

Surge então o período de instabilidade no Pará = a Cabanagem.

Em uma das batalhas entre portugueses e brasileiros, 200 pessoas brasileiras são mortas.

Mas em 1823 a resistência portuguesa foi sufocada.

A Província da Cisplatina = era uma região sob o domínio Espanhol, que foi anexada ao Brasil em 1816.( ponto estratégico para o comércio fluvial).

Guerra da Cisplatina = território que se formou o Uruguai. Brasil e Argentina brigaram pela posse deste território, mas depois de um tempo, abriram mão.

3. O Complicado Reconhecimento da Independência:

Era necessário ter reconhecimento .Os portugueses não aceitavam a independência brasileira, porém a Inglaterra com intenção na abertura comercial defendia a separação dos reinos  (Portugal e Brasil).

A Inglaterra estava de olho em aumentar seu comércio, por isso apoiava o Brasil.

Os EUA, foi o primeiro a reconhecer a independência brasileira em 1824, também interessado no comércio.

 O México o segundo a reconhecer a independência. Por fim Portugal em 1825, reconhecem a independência Brasileira, mas, diante do pagamento de alta soma em dinheiro. Que foi emprestado pelos bancos ingleses.

 4. A Primeira Constituição do Brasil:

Assembleia Nacional Constituinte = representantes das regiões para formar o conjunto de Leis para o novo Império (Brasil).

A Constituição estabelecia que D. Pedro deveria obedecer as Leis feitas pelo Congresso Nacional.

( Monarquia Constitucional).

Cada província teria liberdade de escolher seus governadores, formando sua equipe de trabalho.

Essas medidas e outras mais estavam desagradando D. Pedro I.

Em 1823, ele fechou a Assembleia, pois não aceitava diminuir sua autoridade.

A Constituição acabou sendo imposta a seus participantes.

O voto Censitário = baseado na renda do eleitor( 100 mil réis) e a partir de 25 anos. Podiam escolher os deputados e senadores. Mulheres, escravos, índios e pobres não podiam votar.

A religião oficial no Brasil era o catolicismo.

Somente os católicos poderiam ter cargos no governo. A igreja era submissa ao Imperador.

O Estado Brasileiro foi dividido em :  Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador( o imperador acima de todos).

O Estado Brasileiro concentrava nas mãos do Imperador, portanto, um Estado absolutista.

Forte Reação no Nordeste: A Confederação do Equador.

As províncias estavam descontentes com as ordens de D. Pedro I.

Pernambuco, Recife e Olinda recusaram receber suas ordens. A imprensa criticava o governo dele. No dia 2 de julho de 1824, Pais de Andrade proclama a Confederação do Equador.

Representantes foram enviados a outras províncias.

Frei Caneca convoca uma rebelião , um movimento separatista, que ameaçava as propostas autoritárias de D. Pedro.

Foram enviados soldados por terra e mar sufocando a revolta. As revoltas fracassavam por causa das diferenças de ideais dos participantes.

Os que eram contra o Imperador era julgado por tribunais militares. Muitos foram condenados a morte entre eles, Frei Caneca.Esse movimento era para lutar contra o absolutismo imperial.

6. As Crises e o Fim do Governo de D. Pedro I :

Seu governo enfrentava muitos problemas diversos, inclusive na área financeira.

Muitos gastos nos conflitos com a Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina.

Sua vida particular era muito criticada, rumores de traição. Sua primeira esposa – Leopoldina; segunda esposa, austríaca Amélia de Leuchtenberg.

Após a morte de seu pai D. João VI, em Portugal, D. Pedro deveria assumir o trono.

D. Pedro renuncia ao trono português e coloca sua filha D. Maria da Glória ( 7 anos), se casando com seu tio D. Miguel.

Miguel governaria esperando idade suficiente para sua esposa governar. Mas deu um golpe e se proclamou rei de Portugal.

Críticos do Brasil estavam irritados com D. Pedro pois acusavam de estar dando mais atenção a Portugal, por causa do golpe.

Estava ficando difícil controlar tanto descontentamento de políticos, da imprensa, de fazendeiros etc. Em umas de suas viagens D. Pedro foi mal recepcionado .

Em 5 de abril ele nomeou um ministério com políticos portugueses.

Os brasileiros não aguentavam mais essa arbitrariedade.

Em 7 de abril de 1831, D. Pedro abdicou seu cargo, voltando para Portugal, enfrentado seu irmão Miguel.Em setembro Maria da Glória foi coroada rainha.D. Pedro morreu aos 36

anos de tuberculose.

7. A Política no Período Regencial:

Foi o período entre D. Pedro I e seu filho D. Pedro II.Tinha como objetivo garantir a tranquilidade no Brasil, até que o herdeiro alcançasse a maioridade.

Liberal Moderado = um grupo de políticos do sudeste que buscava os interesses dos latifundiários( grandes fazendeiros) e manter a monarquia. ( sem interferência do rei).Poderiam escolher seus governadores.

Liberal Exaltado = queria mudanças mais profundas. Buscava autonomia das províncias e mais liberdade. Defendia um governo republicano.

 Regência Trina Provisória = uma Constituição que na ausência de governo de D. Pedro, os senadores e deputados pudessem governar. ( 17 de julho de 1831).

Regência Trina Permanente = seus componentes eram liberais moderados, escolhidos pela Câmara de Deputados e Senadores.( até 1835).

Guarda Nacional = organizada pelas elites provisórias e os grandes proprietários de terras ( coronel). Reprimir os contrários a ordem das elites.

Em 1834, o Ato Adicional , uma série de medidas que modificava a Constituição de 1824. ( amenizar os moderados e exaltados). Determinou o fim da Regência Trina e criou a Regência Una ( eleição para governadores).

O poder moderado, indicava os presidentes das províncias,mas, foram criadas a Assembleias Provinciais Legislativas que poderiam legislar nos municípios.

Progressistas =( Partido Liberal) grupo de pessoas favoráveis a autonomia nas províncias, de forma mais tranquila.

Regressistas = ( Partido Conservador) contrários a essa ideia, queria uma centralização completa, sem liberdade para as províncias.

O Período de Padre Diogo Feijó, durou de 1835 a 1837, um período marcado por grandes revoltas, ameaças de romper com a unidade nacional.

Feijó perde apoio dos deputados e senadores,a imprensa o atacava, a igreja deixou de apoiá-lo. Com problemas de saúde renuncia seu cargo.

Quem assume agora é um regressista, Araújo Lima, em 1838.Essa regência durou até

1840, quando o herdeiro do trono foi antecipada.

Arquivo Nacional , Colégio Pedro II e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro = instituição para garantir o sentimento de nacionalidade. ( história nacional).

Diante disso, foi permitido a antecipação de D. Pedro II assumir o trono.( 15 anos de idade).

8. Revoltas do Período Regencial :

Muita instabilidade política e social. Um período que quase, se divide o território nacional( ainda instável).

Muitos interesses das províncias, a população pobre e escrava querendo melhores condições de vida, mortes, conflitos, revoltas etc.

A)     Cabanagem = a região estava com momentos de instabilidades.

Manifestações populares com participação dos negros, mestiços, índios, que eram explorados.

“Cabanos”, são moradores de cabanas com chapéu de palha. ( palha era relacionado a pobreza),

Os escravos eram de origem africana e os índios eram da própria região.

Do oeste do Pará até o alto do rio Negro, mais ou menos 50 etnias conhecidas.

Em 1833, o governo regencial nomeou Bernardo Lobo de Souza para cuidar dessa província.

Sua regência foi autoritária que não estava agradando os grandes proprietários de terras e os comerciantes.

Cônego Batista de Campos, agitava manifestações contra o governo, morrendo em uma delas.

Outros líderes populares foram , os irmãos lavradores Francisco e Antônio Vinagre e o seringueiro Eduardo Angelim.

Eles agitavam a população para exigir mudanças do governo.

Em 7 de janeiro de 1835, eles atacaram Belém e a conquistaram, mas Lobo de Souza foi morto.

Malcher ficou como presidente da província.

Ele procurava acalmar a população, defendendo interesses locais, mas os cabanos, exigiam mudanças sociais. Malcher foi deposto e morto.

Francisco Vinagre se tornou presidente da província.

Até então nenhuma mudança acontecia, foram violentamente atacados e o irmão Antônio foi morto.Com 21 anos Angelim governou Belém (Pará), de 1835 a 1836.

Era exigido a abolição da escravidão, mas não foi atendida.

Em 1836, uma frota de guerra foi enviada a Belém, pelo governo regencial.

A repressão foi violenta, que libertou a capital das mãos dos cabanos e acabou com focos de outras tentativas.

Levou a morte de 30 mil pessoas, a maioria de indígenas. ( durou até 1840).

Em 13 de maio de 1836 é comemorado a vitória imperial sobre os cabanos( que lutavam pela massa popular, mais liberdade).

 

B) Guerra dos Farrapos ( 1835- 1845):

          Foi a mais longa do império brasileiro.

          A província do Rio Grande do Sul, o comércio forte era o charque, couro e gado, abastecendo outras partes do Brasil.

          As medidas do governo não favoreciam os produtores gaúchos.

          Compravam carne do Paraguai e Argentina, obrigando os gaúchos abaixarem os preços da carne gaúcha.

          Um grupo defendia maior autonomia para as províncias, organizaram uma revolta em 1835 e proclamaram a República Rio-Grandense, sob a liderança de Bento Gonçalves.

          Após ser preso e fugir, Bento Gonçalves comanda tropas que tomaram o governo de Santa Catarina.( República Juliana).

          As tropas imperiais retomam o controle da região.

          Os farroupilhas tiveram o apoio do italiano Giuseppe Garibaldi, casado com Anita. Famosa por participar em movimentos populares.

          Alguns dos farrapos era favor de um Estado independente, com governo republicano.

          Outros, não desejava a separação, que levaria à perda do mercado brasileiro.

          Em 1840, o governo imperial começou a negociar o fim do movimento. Muitos conflitos e mortes de ambos os lados aconteceram.

          Após 1842, Luís Alves de Lima ( Duque de Caxias), foi mandado para resolver as tensões do Sul.Vários acordos, foram feitos e em 28 de fevereiro de 1845 o

 conflito terminou.

C) Revoltas na Bahia :

          Em 25 de janeiro de 1835, em Salvador, uma revolta com africanos escravizados,libertos e malês (africanos muçulmanos).

          Muitos desses malês vieram da África, com variedade étnica e cultural.

          Na Bahia ocorreram cerca de 30 revoltas e levantes escravos. As autoridades procuram tomar providências, para manter ordem.

          Mais de 600 escravos de Salvador participaram da Revolta dos Malês.

          Lutaram mais ou menos 4 horas, com o objetivo de acabar com a escravidão dos africanos.

          O movimento foi reprimido e 70 revoltosos foram mortos, pelas autoridades.

          Houve um aumento de leis locais e nacionais que buscavam controlar os escravos.

          Outro movimento foi a  -D )Sabinada, que ocorreu em 1837 a 1838. Um jornalista, Francisco Sabino Vieira, criticava as publicações do presidente da província.

          Tiveram a participação de alguns oficiais do exército, profissionais liberais, pequenos comerciantes e artesãos.

          Em 7 de novembro de 1837, começou a rebelião, e Salvador foi tomada. A revolta era contra o governo regencial. ( esperaria o jovem Pedro alcançar a maioridade).

          A força imperial derrotaram os revoltosos. Mais de 1.200 pessoas morreram e quase 3.000 foram presas.

D) Balaiada:

          Foi uma revolta no Maranhão.

          Com graves problemas sociais, disputas políticas entre os Progressistas(liberais) e Regressistas(conservadores). Os conservadores  era apoiado pelo governo.

          Em 1838, um movimento popular liderado por Raimundo Gomes, que combatia a escravidão.Uniu-se a Manuel Francisco dos Anjos, sertanejo de balaios.

          A revolta já se estendia ao Ceará e ao Piauí, toda tomada pelos revoltosos.

          Contava com 8 mil homens livres, pobres e mestiços. Uniram-se à eles 3 mil escravos fugitivos, liderados por Cosme Bento das Chagas.

          Os fazendeiros se uniram e pediram apoio de tropas federais.

          Foi enviado Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), para reprimir a revolta.

          Foi um massacre terrível, cerca de 10 mil pessoas morreram.

 

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